Como surge esta marca que é tão recente e que simultaneamente já conseguiu tanta atenção de músicos tão conceituados?

A Dexibell nasce após a Roland, que tinha o seu mais avançado centro de desenvolvimento de instrumentos digitais em Itália, decide mover o mesmo para o oriente. A equipa de engenheiros não se conformou pois tinha toda a tecnologia e conhecimentos acumulados durante mais de 30 anos, a trabalhar para a marca a desenvolver variados instrumentos. Pelo que decidiu então produzir o melhor som de Piano (órgão etc..) do mundo. Claro que isso é uma afirmação algo arrojada, mas convém não esquecer que estamos a falar da massa cinzenta e critica de uma das marcas mais conceituadas na área.

Sob a forma de resumo aqui ficam os elementos mais distintivos da marca e seus produtos (visto que este artigo vai ser extenso)
. O som dos pedais está presente conforme a força com que se os pressiona (variável em intensidade e timbre claro)
. O som das próprias teclas a subir e descer quando tocamos tão suave que nem se chega a ouvir a "corda"
. O som do feltro (com suas diferentes forças e velocidades) mediante o movimento dos pedais
. Ressonância por simpatia quando mantemos um tecla pressionada e tocamos outra, 
. Esta ressonância por simpatia é particularmente presente e real nas ultimas 18 teclas que não têm dumper
. Junta-se a isto registos todos a 48Khz a 24 bits que é algo inaudito por incrível que pareça
. As samples de 15s de duração para permitir todo o tipo de modelações, tonalidades, sustenção e variações.
. Samples também em formato de Surround Holofonic para as teclas mais graves
. Polifonia Infinita.
. DSP a 32 bits virgula flutuante
. Porta USB que permite trabalhar como Host (controladores MIDI).
. A mesma porta USB também permite gravar o que tocamos para uma PEN / Disco a 48Khz 32 Bits virgula flutuante.
. Display Oled de alto contraste de 128x64 
. 24 Reverbs, 12 tipos de Efeitos, 6 Processadores de efeito independentes  e EQ
. É possível carregar outros sons (e descarregar do site da marca) em formato SoundFont2® (SF2)
. Bluetooth para integração de outros dispositivos e praticar por exemplo.
. O mesmo sistema em todos os dispositivos (não temos mais ou menos qualidade entre eles)
. Os modelos com som próprio têm amplificadores Digitais com equalizador psicóacustico variável.
. Realçe de Graves (para linearidade a todos os níveis de intensidade).
. Subwoofer passivo, escuta de proximidade linear e "distante" com até 113db SPL (modelo H-7)
. Nível ErP para o menor consumo possível em Stand-by: menos de 0,2W
. Troca de sons sem qualquer perturbação do som, podemos ter uma cauda (decay) muito longa num piano eléctrico (com efeitos e tudo se necessário) e de seguida carregamos um piano acústico, e o som soma-se sem qualquer corte, soluço ou estalido, absolutamente imperturbado.

Vejam estes detalhes no próximo vídeo.

Foi assim que se lançaram a desenvolver novas tecnologia que tornassem os instrumentos o mais orgânicos e realistas possível.
A tecnologia T2L, True to Life é a expressão máxima do realismo. É a procura incessante do realismo que culmina no nome da série de instrumentos desenvolvidos VIVO! E VIVO porque estes instrumentos "respiram" respondem e adaptam-se a todas as articulações do músico que os executa, mas vamos começar lentamente a explicar exactamente o que queremos dizer com isto e como se chega ao realismo fulgurante destes instrumentos.

No coração do mesmo está sem dúvida a junção de duas tecnologias, o sampling e a síntese (com modelação física entre outras), mas até aqui tudo normal, excepto que tudo é feito ao extremo detalhe e sem sacrifícios de qualidade, o que significa não recorrer a uma simples unidade computacional (como a maioria das marcas) mas sim a um "CPU" muito poderosos que faz uso de12 camadas num Quadcore, e torna possível computações muito complexas permitindo então o referido realismo. Obviamente que esta é uma opção de custo de fabricação dispendiosa, mas que a marca decidiu que seria fulcral incluir na sua estrutura de custos para poder não só fazer diferente como fazer MUITO MELHOR!

Claro neste momento estão a dizer, exatamente em que é que isso se manifesta?
Começa pela escolha do mais conceituado afinador de pianos, para afinar de forma absolutamente perfeita tudo o que se vai registar. Mas não fica por ai, pois o mesmo passou muito tempo a colaborar com os trabalhos e transmitir conhecimentos únicos sobre o mecanismo, timbre, nuances e, mais que tudo a ouvir e aconselhar, pois quem melhor pode falar sobre o que está bem ou mal no som de um piano que o seu afinador!?
A seguir vem a forma como captamos os pianos (e outros instrumentos), a maioria das marcas usa deferentes registos por nota e o assunto está resolvido, mas a Dexibel usou 4 microfones (com pré-apmlificação "vintage" a válvulas) em posições estratégicas e como não bastava usou também um sistema de microfones Soundfield® surround (SPS422) para gravação holofónica, obviamente numa sala acusticamente adequada e de reflexões controladas. Escusado será dizer que samplou cada teclas muitas vezes e a diferentes intensidades e recorrendo então á capacidade de síntese consegue uma transição indetectável entre cada registo para cada tecla.

Já que falamos de gravações (sampling) vamos então explorar em amis detalhe as grandes diferenças entre o que fez a Dexibel. Pela primeira vez são usadas gravações a 24 bits o que permite um gama dinâmica de toda a possível extensão de um piano, máximo de 120dB (Fortissimo), e extrema fidelidade dos sons mais subtis (Pianissimo), e a 96Khz, o que por sua vez garante o registo de todos os ínfimos detalhes na gama audível e não só! Todas as outras marcas continuam pelo standard 16bits e 44.1Khz.
Depois temos a duração de cada sample que a Dexibell quintuplicou (15s) o que é a norma dos outros (1 a 3s), isso permite ter todas as microvariações de timbre mesmo na cauda mais "silenciosa" de cada tecla. O resultado final é um realismo incrível. Consequentemente isso implica uma capacidade de reprodução, armazenamento e processamento muito alargada, por isso outros "preferem" não fazer, e recorrem á síntese e suas técnicas para artificialmente estenderem a duração e simular a cauda natural do som de cada nota.

Com todas estas questões técnicas não se perdeu o foco da principal razão para tudo! Criar o instrumento mais realista e mais intuitivo de tocar, o mais orgânico, um instrumento que se "mova" com o seu interprete. Daí termos também no elemento físico coisas como o mesmo sistema operativo e capacidade em toda a linha, um écran O-LED que é visível nas mais diversas situações e ângulos. Botões dedicados ás funções mais necessárias, etc...

E continuamos na perseguição do realismo, e o passo que se segue é ter a certeza que temos todas as "articulações", ruídos e sons associados. o levantar e baixar dos pedais, a forma como as cordas quase param de vibrar quando o feltro cai de imediato em cima das mesmas, mas também a forma mais suave e lenta como levanta, e a sua interacção com o timbre, o som do pedal mesmo quando não tocamos em nenhuma tecla, o som da tecla mesmo quando não chaga e tocar nas cordas. todas estas nuances registadas e reproduzidas de forma interactiva, mais força no pedal significa mais intensidade no som do pedal e o timbre adequado, etc... Nada de sampling e reprodução estática!
Podem ouvir esta interacção mais a baixo nos vídeos que juntamos a esta notícia.

A Atenção ao detalhe é tanta não foi esquecido que as últimas 18 notas não têm Dumper, e como tal têm vibração mesmo quando não são tocadas, ressonância por simpatia que enriquece todo o registo. Também isto está presente porque o poder de processamento é enorme, então podemos ter polifonia ilimitada, e logo tocar e processar todas estas ressonâncias ao mesmo tempo que as teclas efectivamente tocadas!

Depois de tanta tecnologia só mesmo parear a mesmo com um verdadeiro trabalho de artesão. Os produtos da Dexibell são todos feitos e produzidos á mão em Itália. Mas o design é da equipa que produz para muitas outras marcas nomeadamente a Ferrarri! Por isso os produtos são tão destintos de todos os outros aborrecidos pianos digitais.

Depois de muito trabalho a equipa finalmente chegou ao resultado final emulando na perfeição 6 dos mais populares pianos modernos. Curiosamente o afinador de pianos era detentor de um perfeito Piano romântico de 1850 que inclusivamente chegou a ser tocado por Chopin.
Restava então definir a gama de produtos que inicialmente se repartiu entre 2 Produtos para uso em Cada ou Escolas por exemplo, 2 Modelos para uso Portátil e mais dois para uso ao vivo em palcos etc... 
Mas temos outras possibilidades desde pianos Rag time, Honky Tonk, Arpsichords, Pipe Organs, etc...  que podemos tocar em Slips ou layers.
A qualidade sonora que retiramos dos teclados nada fica a dever á restante tecnologia.
Equalizadores para criar sensações psico-acústicas (é aqui que as samples em surround brilham). Graves reforçados em particular por tratamento DSP, compressor multi-banda para assegurar uma resposta realista e coesa a diferentes intensidades, Respostas lineares, subwoofer e sensação de vibração por "debaixo das teclas", radiador passivo (tecnologia só agora presente em algumas grandes marcas de monitores de estúdio).

Claro que entretanto saíram alguns novos produtos que iremos detalhar numa notícia relativa a NAMM 2018.

Temos no seguinte vídeo uma apresentação absolutamente genial (ainda que extensa) da qualidade e características próprias destes teclados únicos, e que são como o nome indica VIVOS!